definição

este é um poste muito semelhante à aqueles de adolescentes de saquinho cheinho, com vontade de desabafar em algum lugar os sentimentos que eles não conseguem decifrar, ou expôr direito, e que não têm ninguem para se desabafar.

até têm, mas pra quê encher o saco com uma coisa pessoal? quando é algo pessoal demais que não envolva ninguem a não ser sí própio [talvez envolva oturas pessoas, mas é centrado em você] para quem você fala? você liga a um número qualquer no telefone e espera que o outro cara te ouça? eu acabo...ouvindo música, mas como disse outras vezes, o blog serve para quando eu preciso escrever. a escrita é a única solução viável para mim agora. talvez eu devesse escrever uma carta e mandar para qualquer cep, esperando que alguem me responda a carta com uma outra carta salvadora. mas o caso, é que é algo pessoal. eu não consigo falar diretamente qual a causa do problema. não quero expor-me assim. mas ainda assim quero informar isso a alguem. por isso onde eu escrevo tem de haver uma comunicação com alguem.
textos para mim têm de servir para comunicação. para quê aqueles textos enigmáticos para discussão (tipo sagarana) se texto serve para comunicação. não deveriam dizer para mim que porras de sagarana é tudo filosófico. minha professora do colégio dizia que sagarana tinha uma coisa transcedental. que era algo filosófico. mas diabos, ele não diz nada claramante. eu não quero saber. para mim sagarana é um livro que o bitcho fez para se divertir, não para mostrar ao mundo a salvação. que minha professora, ao dizer que leitura dá sabedoria (aquele jeito japonês dela, igualzinho a um velho mestre japones/chines) que ler é transcedental e reclamava de livros como harry potter que serve para divertimento e não tem nenhum sentido mais amplo por trás de tudo. eu mando toda essa bobagem às favas! se é para aconselhar uma leitura ampla, com mensagens de sabedoria, me mandasse ler a seção de horóscopo dos jornais! lá eles falam mais claramente e dão mensagens incrívelmente amplas, que servem para qualquer um que não seja do signo. comprei um livro de crônicas da clarice lispector. a marina fala que meus textos são claríssimos, e que ela entende de primeira. sim, meus textos são para entender de primeira quando quero me expressar com clareza. diabos, eu escrevo para comunicarme, se não for somente para eu passar o tempo. voltando a clarice lispector, gosto das crônicas dela. mas os livros não me atraem. crônica, não sei onde li, era um texto breve, sobre coisas palpáveis da vida. como eu disse outra vez, crônicas contêm uma sabedoria em gotas. uma sabedoria palpável. mando sagarana às favas!

continuando o meu post original...
sabem, aqui estou eu as 3:30 da manhã. porque estou aqui, eu me pergunto. depois me respondo, porque tenho mais nada a fazer a esta hora. eu tenho tudo para fazer. mas não quero fazer as opções que tenho. sabeis, as coisas não vão com as pessoas querem. e estou cansado de sofrer decepções. não é medo. é enfado. acho que vou lá ler os livros de teror que comprei.
foi fácil me deixar feliz hoje. fui a Cultura do shopping villas boas, fiquei olhando livros, pesquisando. depois fui a um restaurante japonês. então essas duas coisas consecutivas me fizeram no meio do restaurante abrir um sorriso de felicidade (preciso dizer que é de felicidade, pois tenho os sorrisos de ironia/sarcasmo/"que merda"). uma mente simples, felicidades simples. uma mente complexa, felicidades difíceis de se obter. eu fico oscilando entre essas. e odeio isso. preferia ser mais estável. na verdade preferia ter uma mente complexa quando coisas simples me frustram. e queria ter o contrário tambem na situação inversa. eu queria na verdade ser mais ambicioso. uma felicidade simples não é muito duradoura ao menos para mim. eu queria um projeto megalomaniaco. um grande projeto, no qual eu pudesse começar agora. felizes são os vilões. eles só têm de construir umas bombas atômicas e um laser gigante apontado pra Terra para poder ameaçar o resto de obter dominação mundial. eu não tenho ainda isso definido. estou definindo. mas para poder definir algo eu precisava saber sobre a vida. ter algo conclusivo sobre a vida, sobre a morte, sobre o caminho, sobre meus semelhantes, sobre meus amados. aí sim eu poderia saber o que é uma escolha certeira. uma escolha estável, que traria bem para mim. mas tudo é incerto(!!). se eu escolho um projeto de vida eu sempre chego a pergunta "porque?" na verdade, minha vida é por demais grande e desconhecida para eu saber o tamanho dela ou sobre como ela é para eu definir "quero fazer isso, pois acho que isso é o certo e é o que eu sei que quando eu for velho eu olharia para trás, veria dias gastos para concluir esse objetivo e riria para mim mesmo dizendo "sim, essa é minha vida" de modo contente e completamente satisfeito".

mas nunca vou saber o que é a vida. só posso esperar que um dia eu entenda um pouco do tamanho de uma vida, para poder ter certeza de o que é uma escolha grande o suficiente pra minha vida. não quero escolher um projeto como "bem, vou levantar da cama e vou pegar o jornal lá no quintal", que acabaria em dois tempos, e o resto da minha vida eu não teria planejado; simplesmente com essa escolha eu seria pego desprevenido pelo resto da minha vida. eu não quero viver minha vida como um verme! que não consegue planejar as coisas que vai fazer na vida! ele só planeja o que vai fazer no momento seguinte! é como um humano dizendo "é, acho que vou fazer uns testes pra um emprego qualquer, continuar podendo me sustentar pra ir numas festas e viver o presente". vem a velhice e aí? o que ele faz? não é justo ter uma vida e não planejar o que fazer com ela! é um gasto grande demais! eu creio ter somente uma vida, depois ou "puf" ou viro um pedaço de energia e sei lá que acontece.

mas nunca saberemos como é a vida. qual o tamanho de uma vida. como se segue o caminho de uma vida. terei de contentar-me com a mediocridade de escolher algo para o presente? algo como "vou me formar em física, vou trabalhar no ipen e acho que tá bom. aí continuo meus estudos e tento ir fazendo algo que melhore um pouquinho a vida de nós humanos" (depois de da vida dos humanos vem vida dos animais).

então é isso aí gente. saiam de suas casas. vão andar por aí. pensar na vida. viver a vida. ver o resto que não seja sí mesmo.

(será que minha avó sabe o segredo da vida? ela tem mais experiência que eu com a vida. ao menos levando em conta a idade dela numericamente)



obs: é fato, não sei escrever comédias non-sense;