06 dezembro, 2008

Trabalho humano: ato de pensar

é rotineiro ter aqueles dias em que você pára de fazer algo que você precisa fazer, e simplesmente se pergunta o que vai dar da tua vida. aí você olha e nota que todas as coisas não têm um sentido muito...amplo, muito significativo para o andamento das outras coisas.
já aconteceram coisas que vocês simplesmente páram e pensam porque aquilo terrivelmente irritante e incômodo está acontecendo com vocês. é um sentimento de revolta, que te deixa na indecisão de se você começa a chorar e a simplesmente ter vontade de desligar o cérebro pra não sofrer, ou se você simplesmente ri com sua desgraça e começa a ser meio espectador da sua vida-comédia. as duas formas são meios de se livrar da responsabilidade. eu costumo usar a forma de comédia quando as coisas apertam. bueno, quando as coisas são terrivelmente difíceis, eu costumo rir, pois sei que será complicado de lidar com o problema, e adoro desafios. eu rio pois quedo me feliz com o desafio.

é ligeiramente atordoante pensar que todos os acontecimentos e infortúnios que nos acometem têm chance de serem completamente sem sentido. eu tendo a crer que nada na vida tem um sentido lógico aos humanos. penso que a lógica não é palpável a mente humana. uma lógica que seja intimamente ligada às perguntas feitas por filósofos amadores ou por livros de auto-ajuda.


sobre o acima:esta noite li 'epilepsia' volume 2, uma hq de um autor francês; emprestado do carlos alberto. tenho um gosto especial por leituras desse tipo. me deixam desconcertado. fico um pouco abalado, é uma coisa meio chata, que faz a vida perder o sentido devido às coisas completamente sem sentidos que ocorrem (de acordo com nossa lógica). mas aprecio por fim ler esses livros, pois no fim da leitura vejo um lado diferente da vidinha tosca. é o lado sem sentido, sofrido. o relato de uma busca por uma lógica em todos os eventos. e mui provavelmente ninguem há de encontrar uma lógica que seja agradável a nós humanos.
provavelmente se deve a esse livro o que escrevi/pensei hoje.
tambem há o caso de umas coisas desagradáveis que aconteceram hoje. e tive todo esse fluxo de pensamento em uns 14 segundos, por aie.

eu fui estudar, tentei ir a uma festa que tinham dito preu ir, fui até o instituto do diogo, só porque eu e amigos da física não tinhamos (ahn...vamos considerar que não tinhamos nada pra fazer, apesar de ser mentira) mais nada a fazer antes da tal festa. e...qual a razão para tudo isso?
a única lógica que vejo por trás de toda minha vida é um banquinho confortável, com apoio para pés, e um tocador de cd's com música barroca e clássica no replay tocando. todos os dias, todas as horas.
tem os amigos, eles são adoráveis. não consigo mais viver sem meus amigos. mas qual a razão de tudo isso? todo o divertimento é apenas pela razão em sí próprio, imagino. ok, isso me basta para aceitar o divertimento. e o resto que não basta significar por sí próprio? o que faço com ele? invento engenhocas para tornar a vida mais fácil? mais fetichitosa (no caso de tornar as vontades individuais realidades, como criar um taser [sei lá como escreve] sozinho, no meu caso; não o de sair por aí e transar com uma bicicleta no meio da rua)?

ps: tenho o prazer de quebrar este texto com duas informações, a saber:
1- hoje usei um único saco de super mercado como cinto de calça;
2- dobay tem novidades (perguntai a ele; não vou revelar mais);

3 comentários:

  1. Pois esse momento é preciosíssimo e igualmente perigoso.

    (Barroco o dia todo não cansa?)

    E nem quero imaginar esse negócio com a bicicleta.

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  2. Me chocou um pouco a coisa da bicicleta também. Mas enfim.

    Eu estou fingindo também que posso ficar aqui lendo o seu blog.

    Etc.

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