07 setembro, 2009

no colégio o professor de literatura era considerado um grande showman. no entanto muitos amigos meus diziam que ele não era alguem sincero. que ele demonstrava algo que não era. no entanto, os livros que ele recomendou lermos, independentemente do vestibular, estive relendo ultimamente. são bons. são eles 'uma missa para a cidade de Arras', e 'Germinal' de emile zola (sei lá como escreve).

sobre o livro de Arras eu já escrevi aqui.
'germinal' eu estou lendo. zola é um autor naturalista, como provavelmente vós já sabeis.

esperem um pouco. porque estou escrevendo?
não mudará nada eu escrever aqui. não sinto mais a necessidade de escrever. só estou sendo guiado por um hábito antigo.

não se faz mais necessário isto. é apenas um capricho meu a existência do blog agora.
talvez antes eu precisasse escrever para me comunicar com meus amigos. havia algo faltando em mim. eu precisava me comunciar com outrem.

dia destes eu comprei uma revista que estava vendendo no instituto de física. o que me chamou atenção nela foi a reportagem de capa, escrito 'desejo - o que incentiva ou fomenta essa emoção? seria a falta de algo em nós, etc, etc'. bem, eu tento compreender o desejo que temos por outros. cogitei já bem antes que fosse a falta de algo em nós mesmos. por isso perguntava antes, o que nos impedia de sermos lobinhos solitários. o que trazia infelicidade e desejo de nos comunicarmos com outros.

continuando. não sei o que me faltava para eu escrever aqui. no entanto parece que já consegui suprir isso que me faltava. talvez uma mente mais receptiva e analítica? mais independente. por agora eu julgo que não preciso mais escancarar algumas emoções minhas, ou pensamentos. talvez porque eu tenha adotado uma outra imagem do mundo...qual será que é a imagem verdadeira do mundo, independente da parsonaldiade de uma pessoa?
será ele impessoal, sem motivo próprio? é...creio que o mundo por sí só não tem um motivo. nós que damos um motivo a ele, e desse modo à nossa existência. bem, o caso é que agora eu não tenho a urgência de colocar meus pensamentos, e consigo analisá-los e me contentar com minha análise. antes já não colocava todos meus pensamentos, é claro. todo humano quer esconder uma parte de sí próprio aos outros. e muitas vezes a sí mesmos... atualmente estou escancarando o meu verdadeiro 'eu' a alguns poucos que eu realmente confio... eu reamente sinto um grande afeto pelas pessoas que aceitam como eu sou realmente, bom ou mau.
já cheguei a dizer aqui que éramos seres solitários. que nunca outrem iriamos ter alguem que nos entendesse, ou que vivesse o que somos e seremos. no entanto chega-se muito próximo da convivência íntima quando se faz isso, escancarar ao outro o que você é. e incrivelmente há pouco tempo descobri alguem que pensa de modo muito parecido com o meu.
mas não devo esquecer que as pessoas mudam. já tive um grande amigo quando eu era menor. eu devia ter 10 anos. aí fomos crescendo. brigamos por incompatibilidade de gênios. bem, a conclusão é que mudanças acontecem e que não devemos nos apegar ao passado. ela simplesmente está amadurecendo...

hoho, já escrevi um bocado. tudo guiado pela "corrente de consciência" como alguns chamam. deve ser algo levemente (bem pouco) próximo a isso o que eu faço pensando...

agora, o que será que eu ainda guardo de mim mesmo? tem coisas que só descobrimos sobre nós mesmos em situações limites, fisicamente ou mentalmente. será que após saber como eu sou eu poderia me mudar? creio que a partir do momento que o homem possui consciência e lógica ele tem a habilidade suficiente para mudar a sí mesmo mentalmente. mas será verdadeiro isso na prática? não haverá hábitos por demais enraizados em nós?

Um comentário:

  1. bruninho em forma de novo.
    uhu!

    não vou repetir aqui o que já conversei com você pessoalmente.

    estava com saudade dos seus fluxos de pensamento.

    ;)

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