22 setembro, 2009

curiosidades de meus pensamentos

cheguei a conclusão há uns anos atrás que eu tinha vícios, preocupações, paixões, pois eu não tenho um objetivo definido na vida. bem, por um tempo eu tive. mas minha razão desfez a prioridade do objetivo. agora é nulo. e acho que eu precisaria me apegar a algum vício de novo, ou me apaixonar por alguem, ou novamente ficar me preocupando em apenas me divertir com situações passageiras. sabeis, todas as situações são passageiras. no citado há pouco me refiro a situações em que eu realmente me divirto apenas no momento. não é como um projeto que rende frutos. ok, rende frutos...mas não um projeto...duradouro...pessoal. mas claro, depois que você percebe um erro é difícil repeti-lo conscientemente, apesar de ser a única opção atualmente. droga. sempre me esqueço porque eu fico falando de mim e não de algo mais interessante. ah, lembrei, porque talvez alguem se veja na minha situação. e porque como irei escrever sobre algo que eu não conheço? somente posso escrever a sério sobre coisas conhecidas...

tenho a sensação de que estou escrevendo coisas chatas que não interessam muito. mas bem, whatever. ah, tambem tenho impressão de que estou escrevendo de um modo irritante...tentarei melhorar noutra vez (não por alguem que talvez leia isto. é por eu mesmo me irritar com como estou escrevendo).

eu tenho receio de perguntar qual o objetivo de minha avó. ela só assiste tv dias inteiros, assiste silvio santos até as 11 da noite. fazer algo, as únicas coisas que ela faz realmente é ajudar a arrumar a casa (tarefas banais mesmo) e ir a ginástica.
eu acredito que talvez ela tenha uma das respostas às minhas dúvidas. no entanto a diferença entre gerações realmente existe. então realmente tenho medo de que ela se veja confrontada com uma visão diferente, o de qüestionamento. ela veio de uma aldeia na espanha, então não recebia muitas notícias, ou não via muitas opiniões diferentes. somando a isso não é do tipo que qüestiona coisas. nunca consegui desenvolver pensamentos acrobáticos ou interessantes em conversas com ela...
bem, então o receio é que ela se qüestione (eu realmente não entendo a outros humanos) sobre o que ela está fazendo com o que resta da vida dela.
será que ter uma prole bem sucedida é suficiente? pensei nisso agora.
há tempos atrás entendi que el diogo pensava "a vida não tem muito sentido, então vamos aproveitá-la". talvez ela apenas aproveite a vida, sem muitas conquistas profissionais ou de conhecimento, ou algo assim.
eu pensava assim há pouco tempo, em resumo.

pergunto a ela ou não pergunto? tenho medo de perguntar a ela 'o que faz você viver?' e ela não tiver uma resposta. não quero que ela se pergunte agora...em verdade não tenho sabedoria suficiente pra saber a porcentagem de chance de obter uma resposta e todos ficarem bem, ou de o contrário. e em verdade, dado o fato de que não controlo o futuro, e que ele é caótico (no sentido de que qualquer variação nos elementos envolvidos resulta em grandes mudanças, e que não é possível controlar todos os elementos).

ah, comentários, claro. o que acham de contrabaixo? será que é fácil de tocar, comparado com violão clássico?
sempre via meus amigos intelectualóides curtirem pink floyd. e eu escutava e pensava "ué, o rock n' roll me parece tão mais divertido." e ficava pensando que eu era menos inteligente que meus amigos, para não notar a beleza por trás da música de pink floyd. bem, tempos atrás eu passei a curtir pink floyd, além de muitas outras coisas que fui descobrindo.
o mesmo acontecia para o jazz. sempre olhava meus amigos mais inteligentes e intelectualóides dizerem que jazz era ótimo. e novamente eu me achava o retardado por não ver beleza, só uma mistura de melodias. cada melodia vinda de um instrumento diferente. que não se apegavam muito a melodia principal. era como pensamentos passando rápido pela mente de cada instrumento.
então, ontem a noite, peguei meu violão, coloquei na rádio cultura (103,3 fm), horário que toca jazz. e me vi dedilhando o violão, tentando acompanahr as músicas no improviso. e adorei. passei então a me interessar de novo por música...estou tentando reaprender agora.



comentários sobre comentários de outros posts:
vais se supreender sempre então, rebecca. com quem menos espera inclusive.

me peguei ansiando por um comentário seu, marina, quando entrei no meu blog.

2 comentários:

  1. ah, obrigada, bruno, eu tinha mêdo de que meus comentários estivessem apenas te irritando.

    Estou com pressa mas quero fazer uns comentários rápidos:

    acho que escrever sobre o que realmente te incomoda, te aflige ou te interessa é válido. Eu pelo menos me interesso pelas coisas que você escreve, são coisas reais, importantes, e 1. eu me identifico com muito do que você escreve e 2. eu sempre quero saber se as outras pessoas pensam em particular o mesmo que eu, ou se são completamente diferentes.

    não estou encontrand as palavras pra falar o que penso sobre a situação da sua avó. vou tentar de novo depois.

    E: eu também tive esse problema com a música, não do Pink Floyd, mas jazz com certeza, eu não via o que tinha de tão especial.

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  2. eu fiz um diálogo hipotético entre você e a sua avó no peçanha. dê um looooook:

    http://pecanhaleitao.blogspot.com/2009/09/dialogo-bruno-vuela-e-o-sentido-da-vida.html

    a mina do mercadinho das vaidades achou "triste" (!).

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