20 setembro, 2009

espaço

tem coisas que você quer falar. e aqui é meu lugar de desabafar. mas há coisas que não se pode publicar em locais que são livres para qualquer um ler. apesar de tudo é melhor não contar as coisas que te oprimem pros seus amigos.

tem coisas de sí mesmo que você só conta para as pessoas que te amam, apesar de você ser alguem diferente dela e com opiniões que parecem desprezíveis a ela. ou contar às pessoas que te entendem. não estar sozinho na existência é encontrar alguem que te entende. apesar de que você continuará sozinho na existência, afinal, a vida é sua e ninguem a vive.

bem, indo ao ponto, sabem qual é o problema? é que desenvolver uma visão própria de vida é fácil. complicado é vivê-la no cotidiano. talvez seja isso o que o ditado budista dizia. um monge vai e pergunta a seu mestre o que é o budismo. o mestre responde, o budismo é viver o cotidiano.

ser alguem é chato. dói no peito ser alguem mesmo...muitos dizem que é fácil ser massa de manobra, pois somos sem sabermos. no entanto é difícil...você tem sua personalidade. ser massa de manobra é saber esconder tão bem sua própria personalidade que é ser como a água e se adapta a qualquer contorno. podem achar que tirei isso de um livro de auto ajuda, já que é uma daquelas frases toscas que usam elementais como exemplos...no entanto é um exemplo bom ao ponto que quero mostrar. se você esconde sua personaldiade tão bem de sí mesmo você não vai se incomodar da situação. saberá se adaptar sem sofrimento...

eu queria informar coisas a vocês...no entanto isto é aberto...talvez eu faça um blog escondido, para eu poder escrever confortavelmente sem todas as pessoas poderem ler. mas perde um pouco do sentido...escrever no meu caso é me comunicar...acho que consegui solucionar meu orgulho juvenil e aceitar a ajuda de outros para os problemas que exponho. antes eu não aceitava ajuda de outros, por ser orgulhoso. a situação em que você precisa da ajuda de outros deve ter me forçado a mudar.

quando a poeira abaixa, eu posso parar pra pensar na minha vida. fico "levemente" deprimido.

hobbys ajudam nisso...todo o sentimento flui quando você faz algo do gênero. escrever não me agrada mais. desenhar ibidem. vou tentar violão de novo. ou comprar logo um contra-baixo.

ah, o contra-baixo. um som que remete a solidão. um lamento solitário. não bem um lamento. seria mais um aplacamento. uma aceitação do grande troço solitário, amargamente amargo, e terrível que é a vida.

acho que é isso que me faz gostar do contra baixo. descobri hoje que o diogo tambem gosta muito do som de contra baixo. alguem sabe algum artista com contra baixo?

uma vez eu disse à marina, que eu e um amigo somos pessoas tristes na essência...eu queria dizer que eu e esse amigo ficamos refletindo e qüestionando sobre a vida como ela está ou é e que somos mais facilmente abatidos por tais pensamentos...
outros são felizes em essência?

é sempre uma encruzilhada de decisões movidas por desejos. pode ser chato você se apaixonar pela garota que seu amigo gosta, claro, e então pra não ver aquele amigo que você realmente gosta triste, você desiste de tal interesse. mas é ainda mais chato não se apaixonar. é um exemplo. quero dizer que é pior você não ter desejos.

haha, é engraçado. eu escrevo neste blog esperando que alguem com sabedoria mui grande leia, apesar de eu saber quem irá ler. eu preciso de respostas, e a maioria das pessoas que conheço não têm uma resposta que me acalma. é, experiência de vida conta bastante.

alguns fogem para outro país (no caso eu citaria mais especificamente frança), esperando encontrar um mundo diferente do que vivemos. esperando encontrar respostas visíveis e um mundo menos complicado e chato. será que existe algo assim?

hah, é engraçado. somos realmente bem diferentes do que mostramos aos outros, né?
talvez o sacha seja o único autêntico. filosofia. acho que foi uma boa escolha. só espero que a usp seja boa o suficiente para ele.
porque eu disse isso? porque com companhia eu sou retardado. aqui escrevo coisas que desconhecidos devem pensar "esse cara é um idiota deprimido", que é como eu penso e ajo quando estou sozinho.


hahahahahahaha, porque eu penso isso? estou só tentando dar um sentido a minha existência. mas sabem, o que tem lá fora? já viram fotos do espaço? veêm algo?
o espaço não é um lugar fora da terra. a terra está contida no espaço. vê algum sentido? algum recheio no espaço? apenas vácuo e objetos isoladas. matéria. será possível o homem dar um sentido à matéria, à massa algum dia?

3 comentários:

  1. não sei se você precisa de uma resposta que te acalme. acho que você precisa antes de resposta que te movam.
    acho que o problema é que você está imóvel. acho que eu estou imóvel também. improdutivo.
    não sei, se mover não significa trabalhar 12 horas por dia e usar o fim de semana para limpar a garagem. acho que é o contrário até...
    você estagnou se lamentando obsessivamente dos mesmos problemas. conheço pessoas que estagnaram trabalhando obbsessivamente. eu estagnei não sei porque, tenho a impressão que os resutados das minhas ações não "valerão a pena" ao mesmo tempo que quero fazer alguma coisa sempre.
    eu não sei qual é a resposta que você precisa, mas sei que ela deve anular as suas desculpas para permanecer obsessivamente onde você está.

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  2. Às vezes fico surpresa com o quanto desconheço as pessoas com quem convivo, e também com quantas sofrem do mesmo drama.
    Queria (muita gente queria) ter as respostas também =)

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  3. Sobre viajar para a França: não é a França o que eles buscam, é o não-aqui. Aqui é o lugar que a gente conhece, o lugar de onde, por mêdo, estupidez ou até preguiça, não conseguimos mais tirar muita coisa. Os lugares novos vem em enxurrada. O mais importante não é viver? No desconhecido vivemos mais intensamente quem realmente somos. O conhecido é parte de nós, ou nós somos parte dele, de qualquer forma as fronteiras do eu ficam indistintas. O Desconhecido é diferente de eu, é um espaço contrastante, e expôr-se a esse espaço contrastante é ser transformado por ele, é viver algo mais, algo a que não estamos acostumados, algo a que podemos atribuir algum sentido.

    Quer dizer, não sei realmente. Não tenho como saber o que os outros querem de verdade. Eu sei o que eu penso e quero. Eu quero viver. Eu quero ver a vida em todo lugar ao meu redor. Eu quero experimentar coisas novas, se possível compartilhar coisas novas com aqueles que eu amo.

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