muitas vezes eu penso que sou um fracasso.
não o fracasso que os outros consideram, como bombar uma matéria, ou não ter um emprego. muito pior. eu considero que eu sou um fracasso naquilo que eu queria fazer ou ser. naquilo que eu considero.
nessas horas penso em desistir. em apertar um gatilho. (tudo bem. apertar o gatilho deve ser chato. deve ser mais legal nadar até o fundo do oceano, ou pular de um prédio)
por vezes eu imagino a vida que eu poderia estar levando. por vezes eu me deparo com alguem que tem uma personalidade muito interessante, ou que é muito perspicaz, ou qualquer coisa legal. e depois me vejo com minha vida atual. um mero estudante. que não aproveita a vida em sua totalidade. não faço aquilo que quero. por o que eu quero não quero dizer de poder ir a uma festa sem eu ter de dar satisfações aos meus pais. quero dizer por coisas que anseio para minha vida, não para o presente. sabe, eu quero aventuras. mas eu não tenho idéia de onde arranjar aventuras. ou eu não tenho a razão para me envolver numa aventura. eu posso muito bem achar a freqüencia dos carros de polícia, ver onde está tendo um tiroteio e entro lá no meio. é uma aventura. mas sem motivos. talvez o que eu queira é um motivo forte o suficiente para me impelir a algo. que não me faça desistir diante dos fracassos.
Eu me sinto assim também, às vezes.
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