26 abril, 2008

uma noite de músscica.

mi noche, quem não se interessa por uma simples coisa de ficar sabendo do meu gosto pessoal (que dá me vontade de apagar isto aqui, pois é pouco útil, e não sei proque posto) não leia o que vem no próximo parágrafo:
voltei de uma noite na usp, procurando por festas com músicas boas. vou cuidar da minha vida agora? bem, sabeis que eu não vou em festas/baladas normalmente. não vou para pegar alguem, nem pra ficar bebado. vou em festas que não precisa pagar pra entrar, nas quais dê pra ficar um pouco longe da música e dê pra conversar, com amigos meus (amigos de amigos em alguns casos vezes não contam), e onde toque músicas legais.
e de vez em quando toca alguma música que dá vontade de me mexer, como o caso de umas músicas de elvis, ou de "a la bamba" (não lembro o nome da música, mas sempre que penso no nome dessa música me vem a cabeça "a la bamba", creio que são meio semelhantes).

um dia desses me vi relendo "mémórias do subsolo" dado por um grande amigo meu, márcio zambobo. espantei me ao notar uma coisa, de como eu e o eu-lírico tinhamos raciocínios semelhantes. isso me refiro a um momento passado da minha vida (que espero que não volte, deuses!), e eu entendo porque ele seria assim. isso se refere ao período em que fiquei no meu antigo colégio, até 8a série. lá eu não tinha ninguem que me compreendia. simplesmenta havia manos, manos, cools, descolados. eu era um simples cara envergonhado, sem atributos físicos marcantes e bonitos, que gostava de mangá e anime*, me dava bem com as matérias de exatas, eu me divertia com as tais olimpiadas de matemática, gostava de coisas mais diferentes, sem as coisas de manos, cools, ou coisas mais singelas. realmente eu não conseguiria uma comunicação com as pessoas de lá. o máximo que consegui foi conversar com um cara bem nerd, e totalmente dependente de outros. simplesmente nossas áres eram iguais pelo fato de estarmos segregados, e pelo fato de não nos sentirmos realmente contentes com o ambiente do colégio. mudei-me, pois bem, de colégio. não foi por motivos de achar que ele era fraco, eu podia estudar sozinho pro vestibular, e eu nem pensava em vestibular na época. por simples motivo de que estava saturado de viver isolado. eu tinha meus antigos amigos, era um grupo do qual eu ficava junto, que no final viraram descolados e cools. como disse no outro post, perdi o caminho pro coração/mente deles. tomavam seus tempos com picuinhas, deuses nada sério! tudo simples coisas da moda como festa, sacanagens, zoação! voltando a relação com o livro, o personagem tambem se vê isolado, nada lhe convem no ambiente em que está. ele então começa a conversar consigo próprio durante os atos que ele próprio narra durante o livro. ele cria uma história pra sí, no qual ele é herói redentor, mesmo afirmando o contrário. na sua própria história tudo tem um porque e uma solução. seria isso um sintoma de esquizofrênia? não, acho que era outro. ugo?
não era o fato de ele se sentir ruim por não conseguir ser como os outros. provavelmente pela sua habilidade social ele conseguisse facilmente se integrar más o mienos a os outros. nota-se que era um tipo diferente do seu tempo/ambiente.

ah, no tempo em que eu estava no antigo colégio, com los manos y culs, eu lia esses livros meio intelectuais, talvez pra eu me sentir melhor? talvez por dizerem que eram muito bons e talvez melhorasse minha visão de mundo? não, acho que era só por ego mesmo. li "crime e castigo" de dostoievski, do qual gostei bastante. tentei ficar lendo livros no horário de recreio. li mitologia grega. atualmente não leio esses que falam que são bons, leio só cálculo ou física, ou um dos trilhões de livros que tem aqui em casa, de meus progênitores; e por vezes recebo de presente livros. esses são os que leio. deixei esse lado de ler intelectualóides. dostoievski e seu estilo de romance me causam certa estranheza, pelas atitudes de personagens. lá eles têm atitudes por deveras autistas, apressadas. eu pensava tais coisas freqüentemente, mas arquitetava tudo melhor. e não há realmente compreensão entre as personagens que se envolvem.

o que posso dizer mais? simplesmente a vida continua? não tenho nada mais a dizer. talvez seja a noite talvez seja o sono. mas talvez precise de alguma outra perspectiva? um sonho. porque eu não me ocupo com coisas grandes? apenas cosas nanicas, que terminam logo? o que eu poderia querer para minha vida? sabeis que eu não tenho ainda um daqueles grandes sonhos que heróis de mangás têm. sou eu o estranho, sirs? eu não posso salvar o mundo? conquistá-lo? acabar com fome? instaurar o modelo de igualdade entre "raçaz", sexos, religião?

porcaria, porque não consigo mais escrever no mesmo estilo que'u escrevia antes?!

*uma coisa que encontro atualmente é pessoas que gostam de animes. antes eu nunca encontrava, pra mim era uma festa quando conhecia alguem assim. atualmente nem me faz realmente falta, mas esse hábito marca um pouco a personalidade, o que a faz ficar um tempo com gente já da raça otaku, o que a faz não se importar com tais manias otakenses;

4 comentários:

  1. cara, eu vou dizer que tenho/tive/tenho um viés meu muito parecido com você. afinal, comparar a nossa bolinha brilhante a dos outros sempre foi a parte mais difícil e essencial do convívio social. de qaulquer forma, só pra que saiba, adoro evangelion, quisera eu ter descoberto antes de ter 18 anos, teria sido mai útil (e mortal) se eu tivesse meus 14.
    ah, depois me diz o que acha dos meus textinhos lá, na certa carregam muito do meu passado sombrio, inevitavelmente.
    abraço (curti seu texto)

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  2. "Escrever com estilo, essa vaidade... Uma gravata-borboleta em volta de uma garganta com câncer."
    -Samuel Beckett
    "Estilo é o dom da repetição."
    -Manoel de Barros
    "Estilo é algo bastante simples: é tudo ritmo. Uma vez que se entenda isso, não se pode usar palavras erradas. Por outro lado, aqui estou, sentada durante metade da manhã, abarrotada de idéias, visões e coisas assim, e não consigo pô-las para fora, por falta do ritmo certo. (...)"
    -Virginia Woolf

    Seu drama-queen. :*


    A respeito dos sonhos/objetivos/perspectivas, tem a ver com o pouco que escrevi sobre urgência no meu blog.
    Pra mim é escolher um caminho dos vários e ir, sem o compromisso forçado de acreditar. Uma hora você vai saber o que é urgência, certeza, querer. Claro que sempre vai saber o que é dúvida também. ;)

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  3. durkheim chamaria isso de anomia.

    minha porção sintética tem sido meio durkheimiana.

    para conhecer minha versão prolixa converse comigo um dia.
    mas adorei o texto.

    kisses

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