03 março, 2010

cão

estava voltando para casa de carro (da mamá), após ir na dermatologista ver o problema da minha mão.
numa praça perto de casa eu vi um cãozinho. era de noite. era pequeno, parecia filhote. e mancava de uma perna. tive um sobressalto com aquele bicho. eu não sei. parecia tão dócil e meigo. acho que eu consigo me identificar muito com animais. sei que esta parece uma daquelas conversas tolas de pessoas que preferem levar o cão a um spa ao invês de ajudar um mendigo, mas vou dar algumas palavras acerca. um, pessoas são dissimuladas. elas não são sinceras, elas seguem mais um comportamento lógico do que um comportamento instintivo, guiado por emoções. então pode se dizer que um cãozinho tem uma personalidade mais genuína, mais própria e natural do que um ser humano, que age racionalmente, calcula benefícios de relacionamentos e prejuízos. um bicho, de acordo com uma pesquisa pode ser comparado a um autista, com capacidade mental menos elevada. então quando um bicho sofre ele não pensa porquê que é passageiro, ou que ele é culpado, ou seja, ele não desenvolve pensamentos de que a dor é passageira e não cria uma desculpa para ele aceitar a dor. ele simplesmente pensa "tá doendo...tá doendo..." . então crianças e animais pode se dizer que devem ser mais protegidos.

primeiro, era um filhote abandonado. provavelmente sendo filhote ele não sabia viver nas ruas. como mancava imagino que já se meteu numa encrenca anteriormente. sendo manco, seria muito fácil alguem atropelá-lo.
fiquei terrivelmente na dúvida de parar e atrapalhar o trânsito pra tentar pegar aquele bicho antes que ele fosse atropelado ou simplesmente continuar e deixar que ele se virasse sozinho. logo quando vi o bicho e notei que era um filhote o semáforo tinha aberto. eu fiquei um tempo lá parado, acabei acelerenado o carro pra não atrapalhar o transito. não sabia se dava a volta e parava o carro e pegava o bicho pra levar pra casa. pensei "ele pode me morder. mas posso colocar ele no carro e levá-lo a um veterinário, ou a uma instituição. e se eu não encontrar nenhum dos dois? ele teria de ficar em casa. mas minha avó tem óido de animais em casa. bem, estou perto, eu poderia ir correndo para casa consultar meus pais sobre o quê faço, afinal estou eprto de casa, e esse bicho é manco, ele não vai muito longe". fui correndo para casa. conversei com meu pai. ele não sabia o quê fazer. então propus a ele que eu trouxesse o bicho para casa, deixasse ele aqui até eu achar alguma instituição de bichos necessitados, ou que eu deixasse na usp se eu não encontrasse uma instituição. fui lá correndo até o carro e voltei aonde tinha encontrado o bicho. fiquei procurando ao redor de onde tinha o encontrado. apesar de ser manco parece que era rápido. não o encontrei. procurei pelo bairro inteiro, perguntei pra todos que eu encontrei. estava muito escuro.
então pensei no momento em que eu tinha de decidir entre atrapalhar horrivelmente o transito e pegar o bicho, ou continaur em frente. conclui que o melhor era eu ter escolhido baseado em minhas emoções, e não no temor de o cão me morder ou eu atrapalhar o trânsito. sempre que agi ponderando superficialmente os riscos, e notando que eu queria muito me arriscar em favor de alguma coisa eu não me arrependi ao me arriscar. pelo menos minha consciencia ficaria leve.

4 comentários:

  1. imagine que enquanto vc descobria um luar pra colcoar o bixinho, algum outro carro parou, e pegou o bichinho e levou ele pra um lugar feliz. pouco provável, mas ajuda bastante a passar essa angustia ^^

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  2. tenho achado seu blog meio escuro e demasiado binário. não que eu não goste mais dele, pelo contrário. Só acho que você poderia publicar mais alguns desenhos ou até mesmo imagens que você gosta. sei lá, a gente fica meio perdido com tanto texto.

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  3. Passo por situações assim o tempo todo. Estou tentando parar, será que existe reabilitação pra isso?

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  4. Você tem muita razão. Na parte da consciência, claro, já a comparação animais x humanos acho questionável.

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