25 maio, 2008

atualmente márcio tem me emprestado volumes de buda, de osamu tezuka. ao ler me recordo do jovem que eu era. eu queria buscar explicações para muitas coisas da minha vida. eu tinha muita vontade, realmente ficava um tempão todas as semanas pensando sobre as coisas da minha vida. teve um momento em que eu achei que tinha conseguido a resposta para o que eu queria. e realmente fiquei mais aliviado e pude seguir minha vida, levando-a como divertimento, como se fosse apenas um lugar onde eu vou passar um tempo -"portanto vou aproveitar minha estadia aqui". e assim parei de pensar sobre isso. comecei a ter mais pensamentos mundanos. e acho que meu espírito está meio embotado atualmente pelos pensamentos mundanos. meu cérebro tambem, parece que ficou relaxado, e por isso perdi a agilidade que eu tinha antes com ele para algumas coisas (matemática), e acabei ganhando agilidade para umas poucas coisas que não considero úteis e realmente interessantes. pois bem, acho que está na hora de voltar a luta, não é possível viver a vida como se fosse uma sesta eterna. não que a visão de que a vida é um simples divertimento, eu realmente acho que ainda devo manter a visão assim, de que não vivemos para sofrer ou ir embora sem ter tido algo de divertido por acá. o caso é que o humano pode ter muito mais ambição que isso! o humano tem uma capacidade mui grande, o cérebro de um humano é uma coisa maravilhosa, pois detem a criatividade. e há mais que simples divertimento mundano no mundo. não há motivos realmente para eu simplesmente ir ver um filme, ou ir ver um seriado de comédia, isso só é possível se você realmente está exausto de pensar. o que acho que seria bom fazer com o tempo que nos resta de divertimento? não ter um divertimento pouco intenso. mas sim ter o divertimento. colocando a vida naquele divertimento você realmente vai estar usando seu tempo de vida. e com isso o que podemos fazer, podemos criar coisas. gostaria que me dissessem quais são os objetivos de vida das pessoas (objetivo de vida significa o que ela quer na vida como um todo). como sou um ser com paixões, eu irei trabalhar para que o que amo seja bem estruturado. isso sim é um objetivo de vida, e acho que é o único objetivo de vida possível.
muitas vezes disse que meu objetivo de vida é ter sabedoria, mas esse objetivo tem outro objetivo por trás, que é o de enfim saber como lidar com tudo. sabedoria por sabedoria não leva a nada. se fosse pra ter sabedoria por motivo algum eu preferiria ser um inseto que segue seus instintos, pois assim eu teria uma vida melhor que a sabedoria inútil. enfim, buscar a sabedoria é algo muito divertido, eu não tenho ânsia por buscar sabedoria, é divertido apreciar o decorrer da aprendizagem, mesmo quando dói. vivendo o presente realmente. e o que torna mais divertido é que a sabedoria não é um instrumento único, que você obtem e assim pode construir o que quer, a sabedoria é algo que nunca eu conseguiria, por isso mesmo sei que nunca vai terminar a aprendizagem, e isso me deixa em parte feliz. a parcela que eu creio ter conseguido já basta para construir coisas. (isto é um apelo, não façam coisas inúteis, façam coisas que tornem própria existência algo concreto, não um monte de divertimento mundano)

e uma hora dessas buda pergunta a um discípulo como ele pode confirmar de que ele próprio não é louco? todos têm uma parcela de loucura ele responde. nunca veremos o universo de verdade então, se sempre tem um ponto que desenhamos com a mente, ao invês de ver como o ponto realmente é. o homem está impossibilitado de conseguir entender o que lhe acontece no mundo, só podemos buscar então assumindo como verdade particular nossas loucuras. será que é isso que define as diferenças de gostos entre as pessoas? hahaha, no fim cada um busca a própria verdade do próprio universo. todos nós estamos distantes uns dos outros, de certo modo. não sei, tenha bastante incredulidade quanto a ultima frase, pois eu sempre admirei o "lobo solitário" sempre olhei para o auto suficiente, o auto existente querendo ser como ele. algumas vezes vejo que estou sendo apenas um reflexo do que os outros estão vendo em mim, e ao notar isso vejo como é vazia a existencia durante esse tempo. eu quero viver para mim. quero uma auto existencia...

sabeis quem é um grande inteligente na parte de ver o mundo pelos próprios olhos e apenas por eles, sem sofrer influencias de outros? um antigo amigo meu, carlos. ele se tornou meu amigo e me ensinou muitas coisas, se der apresento-o a outros amigos meus. pode se dizer que ele um projeto de mestre de filosofia.
uma pena que ele mudou recentemente, não me agrada mais suas idéias. bem, todos mudamos e isso é bom e natural.

buda eu vi que procurou mestres para aprender com eles. talvez na matemática dê para fazer de tal modo a aprendizagem, sendo que a visão de todos parece convergir na área da matemática comum (na mais avançada não temos instrumentos ainda para haver essa conversão, creio). é possível aprender coisas com mestres da área da filosofia tendo uma base genérica? para desenvolver teorias precisa de uma base, e de acordo com a loucura de cada um, não há bases genêricas para todos. tenho leve impressão de que poucos chegaram a ler isto, afinal é mais uma bobagem não traduzida convenientementehm.

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