olhem só que post interessante. é do http://changez-tout.blogspot.com/ yuri, irmão da ayla.
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Stela :
Por quê?
Yuri :
É porque é mesmo quase morrer
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Você acha que isso te mudou? O jeito de ver a vida ou o mundo? Ou você mesmo?
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Mudou o meu jeito de ver a morte, sem dúvida.
Olha,
Quando o avião tava subindo
o instrutor conversava comigo e eu ficava olhando a janelinha
Lá de cima, as núvens que daqui debaixo parecem de algodão, parecem de gelo
(que acento foi esse?)
Quando o avião passa a copa das nuvens,
você olha pra baixo e pros lados, e é como se o avião patinasse numa geleira imensa
tipo uma Antártida suspensa
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É tudo ensolarado
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Muito, mas o sol bate nas nuvens como se fosse gelo mesmo
Parece que o sol vai derreter sozinho essas nuvens
Daí lá já começava esse silêncio
Quando você bota os pés pra fora do avião, pra esperar o ponto de se jogar
sente o frio absurdo que é lá em cima
Tudo parece mais feito de gelo ainda
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Ele te empurra?
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Sim
Aí vem a parte que faz o divisor de águas
Porque o seu corpo entende que você está morrendo
Ele reage sozinho com o medo, entra em uma espécie de choque
Primeiro fica confuso,
você perde segundos caindo sem entender o que está sentindo
tem que engolir o ar em vez de inspirar
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Sério?
Que horror...
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Mas não está sufocando, tem excesso de ar, ele é que vem em goladas gordas, assim
Aí vem a parte bonita, Stela
que é a parte que muda a cabeça da gente em relação a essas coisas
O seu corpo entende que não tem o que fazer
que já passou
que a vida já passou e você está morto. Falta pouquinho.
daí ele desliga o medo
desliga a confusão
desliga tudo
e você ainda está caindo
mas pode olhar em volta, e é como se voasse
porque o seu corpo desistiu. E pra que você não sofresse com a morte, mentiu pra você
mentiu que cair era seguro
então você se sente seguro
e essa sensação não passa
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agora deixando isso de lado. não, não deixem realmente. é muito interessante. mas estou falando isso só pra ter um meio intermediário pra mudar de assunto.
três pessoas me falaram pra arrumar uma namorada. eu julguei desnecessário. claro, é bem legal ter uma (ou duas, dependendo de sua opção). mas não é algo que eu necessito pra sobreviver.
estou pensando melhor estes dias. e parece que talvez seja algo que me seja necessário realmente. andei olhando os contatos da minha vida. e parece-me que não tenho uma verdadeira relação com eles (de identidade). minha alma não parece tocar as deles em todos os momentos da minha vida (os sérios e os descontraídos). minha alma toca as deles, mas não o suficiente, não com a mesma identidade suficiente. e ela só toca a da maioria nos momentos de descontração. e poucos só em momentos sérios.
então notei como eu preciso de alguem para mais momentos da minha vida. é fácil ser amigo de alguem que seja o bobo alegre ou só o documentário de um dvd sobre assuntos sérios que você pdoe acessar só quando quiser. mas é difícil ser amigo de alguem que é humano.
não que eu esteja desprezando meus outros amigos. simplesmente acontece de sermos minimamente diferentes a ponto de não sermos iguais. não é como se eu não gostasse deles, ou não quisesse passar tempo com eles. é a diversidade na amizade...
minha alma parece que não toca a alma de ninguem atualmente. eu namoraria a guria que tocasse minha alma com sua alma.
outra coisa. os momentos do passado não me trazem satisfação. parece que tudo o que fiz foi desnecessário, ou uma palavra melhor, pouco importante. lembra, sacha, que já falei disso e você me deu como resposta se as lembranças não me dexavam feliz? a resposta é não. então estou tentando achar aquilo que me é importante de verdade. sair com amigos perdeu seu encanto devido a isso em parte...talvez eu fique menos sociável. talvez eu fique mais solitário... talvez eu fique mais individualista. a parte sobre namorada e esta parte aqui de ser menos sociável e mais individualista parecem ser excludentes. preciso pensar melhor sobre essas partes...
Você às vezes é muito individuaista.
ResponderExcluirDemais, eu diria.
Mas sobre o seu eu individualista eu não sei nada, por que ele é impenetrável. Você só se deixa comunicar quando está em seu estado sociável.
O que você fez ontem, por exemplo, foi absolutamente individualista.
Você não pensou que talvez seja por causa desse seu eu individualista (que, esse sim, despreza os seus amigos - e eu, por exemplo, me sinto profundamente desprezado) que você fica muitas vezes sozinho?
O bruno individualista é tão egoísta que se torna insensível. não considera a hipótese de que os outros sejam seres humanos. Os outros que se virem sem o bruno, por que ele quer ficar sozinho.
Pense o que você acharia se tivesse vindo na minha casa (tendo combinado isso há uma semana e ligada antes avisando que vinha) e eu simplesmente não atendesse a porta nem o telefone e eu nem me desse ao trabalho de tentar falar com você.
Talvez você ache normal. "você queria ficar sozinho nesse dia".
Mas talvez por você achar normal que você esteja se sentindo tão sozinho.
Sei lá, só pense nisso.
Pense se você trata as pessoas como você gostaria de ser tratado para se sentir bem.